Alex Garcia completa 600 jogos e alcança 9 mil pontos na história do NBB CAIXA
No duelo com Mogi Basquete, no Panela de Pressão, foi especial para Alex Garcia, que atingiu duas marcas significativas no NBB CAIXA
Alex Garcia viveu uma noite que atravessa o tempo pelo Bauru Basket nesta sexta-feira (12/12). Aos 45 anos, no Panela de Pressão, ele ultrapassou a marca dos 9 mil pontos no NBB CAIXA justamente na mesma partida em que completou 600 jogos pela competição. O cenário não poderia ser mais simbólico: casa cheia, atmosfera pesada, jogo grande contra o Mogi Basquete e, no centro de tudo, um dos maiores jogadores da história da liga escrevendo mais um capítulo de sua própria eternidade esportiva. A cena resume a essência do Brabo, que sempre foi de competir em alto nível e transformar feitos individuais em marcos coletivos.
A chegada aos 9 mil pontos coloca Alex em um território raríssimo, alcançado antes apenas por Shamell, líder histórico com 9.567 pontos e ainda em atividade, e por Marquinhos, já aposentado, com 9.202. Entrar nesse seleto grupo não é apenas um feito estatístico: é a consagração de uma carreira marcada por protagonismo contínuo. O ala sempre foi mais que um jogador eficiente, foi um pontuador que soube se adaptar às diferentes fases do jogo e às mudanças do próprio corpo, encontrando maneiras de seguir produtivo e decisivo mesmo quando o tempo dizia que era hora de desacelerar.
Ultrapassar essa barreira justamente em Bauru, diante da torcida que presenciou tantas de suas grandes noites, dá ainda mais peso ao momento. Ali, onde tantas vezes comandou vitórias, marcou gerações e se consolidou como símbolo de intensidade, Alex voltou a ser o centro de um espetáculo que mistura gratidão, história e permanência. O Panela de Pressão reagiu como se reconhecesse a dimensão daquele instante. Não era só mais um ponto, não era só mais um jogo, era a confirmação de um legado.
Ao completar 600 partidas, Alex também reafirma seu papel como um dos pilares estruturais do NBB CAIXA. Ele viu o campeonato nascer, na temporada 2008/09, amadurecer, ganhar identidade e protagonismo. E, ao longo de todas essas 18 edições, manteve-se presente, competitivo, relevante. Poucos atletas conseguiram enfrentar tantas gerações, tantos estilos, tantos ciclos, e permanecer entre os melhores. É um feito que vai além das estatísticas e entra no território da raridade esportiva.
"Não tem como não passar um filme na cabeça. Eu olho pra trás e lembro da primeira edição do NBB CAIXA: outra época, outra realidade do basquete brasileiro, outra geração de jogadores. Muita coisa mudou, mas estar aqui ainda, jogando em alto nível, me deixa muito feliz. Os 600 jogos são uma marca simbólica. Sei que alguns jogadores também estão prestes a batê-la, mas ser o primeiro é muito especial para mim. O pessoal brinca que eu sou fominha, que gosto de jogar sempre. Então eu espero que esse número ainda cresça bastante no principal campeonato do país", afirmou Alex, sem esquecer, claro, dos 9 mil pontos.
"É outra marca muito expressiva. Lembro quando cheguei aos 8 mil pontos na temporada retrasada, e sempre ficamos naquela expectativa. Claro que o foco é jogar bem para o time vencer, para que o coletivo seja sempre a prioridade. Mas colaborar na pontuação e ajudar o time a ganhar também é muito bacana, esse é o grande foco do jogo. Sei que estou ao lado de grandes atletas, cestinhas natos, então entrar nesse hall dos 9 mil pontos é um orgulho enorme. Meu jogo, especialmente agora no fim da carreira, tem funções mais amplas, armo, ajudo na defesa, sempre tive um papel defensivo muito forte. Então continuar colocando a bola na cesta, mesmo com todas essas funções, é algo que me deixa muito feliz. Espero seguir quebrando recordes e, quem sabe, alçar voos ainda maiores.
A noite desta sexta-feira não será lembrada apenas pelo número alcançado, mas pelo significado que carrega. Alex é daqueles jogadores que não pertencem apenas a uma equipe, mas à história do basquete brasileiro. E ao chegar aos 9 mil pontos e aos 600 jogos, ele reforça uma certeza que atravessa quadras, torcidas e eras: o Brabo não é apenas parte do NBB CAIXA, ele é um de seus maiores capítulos. Não à toa, se tornou o logo do campeonato.
"Uma das coisas mais legais é olhar pra trás e ver que enfrentei diferentes gerações. Por exemplo: joguei contra o Paulão Meindl e com o Leo Meindl; joguei com e contra o Raul Pai e o Raulzinho; joguei com e contra o Mãozinha e o Mãozão, seu pai. É muito especial atravessar tudo isso. Muitas vezes alguns jogadores comentam que cresceram me assistindo e hoje estão me marcando. Essa longevidade, saber que tenho saúde para jogar bem aos 45 anos, é o que me motiva a continuar sendo referência, entrando em quadra com o mesmo gás e a mesma vontade que eu tinha lá atrás, quando era moleque", finalizou o Brabo.
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete, com patrocínio máster das Loterias, Caixa Econômica, Governo Federal, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), chancela da Confederação Brasileira de Basketball, bola oficial Molten, marca oficial Kappa, e parcerias oficiais Cruzeiro do Sul Virtual, IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.
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(Andrews Clayton/Bauru Basket)
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(Andrews Clayton/Bauru Basket)
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(Andrews Clayton/Bauru Basket)








