sexta-feira, 13 de julho de 2012

Modelo de gestão do Mineirão é apresentado em seminário da FIFA no Ceará

Fortaleza (10/07) – Representantes da Secopa apresentaram, nesta terça-feira (10/07), no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, o projeto de modernização do novo Mineirão durante o Seminário de Operações de Estádios da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, realizado pela FIFA. O objetivo do encontro é debater os tópicos relevantes a todos operadores de estádios, através da apresentação de experiências em planejamento no Brasil pelas cidades-sede, além de casos bem-sucedidos no mundo, como os da Amsterdam Arena e do Reliant Stadium, em Houston, nos Estados Unidos.

Durante a abertura do seminário, o secretário executivo do Ministério dos Esportes, Luis Fernandes, destacou a urgência de esclarecer ao público a viabilidade econômica das novas arenas. “Estamos aqui para discutir uma questão que gera opiniões negativas na imprensa que é a sustentabilidade econômica dos estádios. Queremos apontar caminhos que garantam vida longa aos estádios. Talvez esse tipo de sustentabilidade seja um dos legados mais importantes em construção no país”, afirmou.

Rodrigo Reis, coordenador do Núcleo de Operações Esportivas da Secopa, detalhou o modelo de gestão compartilhada do novo Mineirão desenvolvido pelo Governo de Minas. Por meio da parceria público-privada (PPP), a empresa Minas Arena, responsável pelas obras, vai operar o novo estádio durante os próximos 25 anos. “O novo cenário das arenas do futuro se apresenta como desafio pela exigência de práticas econômicas sustentáveis, em que serão observados, pelo menos, três aspectos: segurança, conforto e tecnologia”, explica Reis.

Vários participantes apresentaram informações sobre receita mensais de estádios. A Amsterdam Arena, por exemplo, fatura 5 milhões de euros por evento realizado no estádio com hoje 350 espaços comerciais. Juan Rodriguez, do Reliant Stadium, reforçou a necessidade do trabalho conjunto entre operador, escritório de arquitetura e autoridades públicas. “Não se deve, simplesmente, entregar as chaves do estádio ao operador e dizer ‘adeus’. É preciso caminhar juntos porque as necessidades vão surgindo enquanto o negócio está em marcha, exigindo que todas as partes tomem decisões que beneficiem esse visitante, para que ele volte”, aconselhou.

De acordo com estudo realizado em 2006 pela Ipsos, multinacional francesa de pesquisa, sobre o perfil do torcedor brasileiro, 78% dos frequentadores de estádios no Brasil têm renda de até três salários mínimos, 13% têm curso superior, 46% têm mais de 35 anos e 71% dos entrevistados são do sexo masculino. Foi detectada também a frequência de 46% dos entrevistados a estádios, com tendência a queda. Em Minas Gerais, segundo Rodrigo Reis, um dos compromissos da parceria entre Estado e parceiro privado será o tratamento privilegiado ao torcedor, visando estabelecer uma relação de proximidade contra tais prognósticos negativos. "Ele será um cliente dessa nova estrutura, exigindo qualidade não só dos serviços, mas, também, estimulando uma cadeia em busca de profissionalização de todos os produtos ofertados, inclusive do futebol", concluiu.

Crédito da foto: Antônio Carlos Vieira/ Divulgação
Legenda: Rodrigo Reis durante seminário no Centro de Eventos do Ceará


  
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