terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

CAPSi já atende em nova sede


  CAPSi já atende em nova sede
A nova sede do Centro de Atenção Psicossocial da Infância e Adolescência (CAPSi), em Uberlândia, foi inaugurada nesta terça-feira (19). O equipamento foi transferido do bairro Cazeca, para o Saraiva, à Rua Raphael Lourenço, nº 159. O centro acolhe crianças e adolescentes até os 18 anos incompletos e caso o paciente necessite, o serviço pode ser estendido até os 21 anos. Depois dessa idade, os usuários dos serviços do sistema de Saúde Mental são encaminhados para as outras unidades responsáveis.
O CAPSi funciona de segunda à sexta-feira, das 7h às 18h, e tem o CAPS III e o AD (álcool e drogas) como retaguarda para cuidados de 24 horas. A capacidade de atendimento é de 30 pacientes por turno e, atualmente, não há fila de espera. O Programa de Saúde Mental trabalha integrado com toda a rede de atenção primária e em casos que exigem internação, a rede tem o suporte do leito de Psiquiatria do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Espaço físico

O novo imóvel permite um atendimento mais adequado à demanda que, além de crescer anualmente, se diversifica. O local conta com sala administrativa, três salas de atendimento individual, uma sala de grupo, refeitório, área externa para oficina terapêutica, banheiros, área verde extensa, campo de futebol de grama e espaço de recreação. O CAPSi trabalha com uma equipe superior ao quadro definido pela Portaria nº 336 do Ministério da Saúde. São 10 psicólogos, um assistente social, um enfermeiro, quatro técnicos de enfermagem, dois auxiliares de serviços gerais, dois assistentes
administrativos, um vigilante, um médico psiquiatra e um médico clínico.

Esta nova estrutura física melhora o atendimento à criança e ao adolescente possibilitando um tratamento mais humanizado. “Essas famílias necessitam de qualidade de vida e esse espaço proporciona essa conquista”, afirma o prefeito Gilmar Machado, que durante a solenidade de inauguração fez o ato simbólico de entrega das chaves à coordenadora Municipal de Saúde Mental Maria Tereza Peres.
Segundo a juíza da Vara da Infância e Adolescência Édila Moreira Manosso, o CAPS sempre existiu. “Mas hoje estamos vendo a efetivação dessa prioridade nessa nova gestão municipal”, disse.  

Mesmo estruturada, a rede municipal de Saúde Mental tem desafios a superar. Equacionar a demanda a partir dos trabalhos do ambiente dos CAPSi é um deles e, para isso, o programa mantém contato direto com a rede de Atenção Primária à Saúde de Uberlândia. Na mesma corrente e, talvez a mais delicada, está a luta pela reinserção de usuários de alguns atendimentos à rotina social. “Esforçamos para prestar um atendimento clínico com cunho terapêutico, de forma a estender a clínica para a inclusão da pessoa com transtornos psicograves de conduta ou de álcool e outras drogas“, explica a
coordenadora do programa, Maria Tereza Perez.

Os usuários de crack se tornam um desafio, não somente à esfera municipal mas aos governos dos estados e à União. Pelo fato de a maioria dessas pessoas não buscarem o serviço, os responsáveis pela Saúde Mental no município têm discutido estratégias para chegar a essas pessoas para garantir o acesso ao projeto terapêutico. “Tentamos nos aproximar e construir a possibilidade de ida ao serviço”, completou a coordenadora.

Cada projeto terapêutico é singular. Especificar um tempo médio de reabilitação é difícil, senão impossível. Por isso, ao se falar em duração de tratamento, os CAPS trabalham com o tempo de estabilização do usuário, que consiste na saída do momento de crise à condição de circular em espaços sociais. Mesmo assim o acompanhamento segue em outros pontos de atenção. Por
isso o trabalho de fortalecimento dos laços familiares é essencial no tratamento. A família do usuário assistida e junto à equipe técnica tenta construir a possibilidade de um auto-cuidado assistido.

O que é o CAPS

O CAPS funciona como um equipamento público de saúde mental. O atendimento se dá através de acompanhamento clínico com foco na reinserção social de usuários do sistema. O serviço também desenvolve trabalhos de valorização do núcleo familiar, lazer e trabalho. Os Centros são uma alternativa aos hospitais psiquiátricos e têm autonomia em suas tarefas e responsabilidades
como um programa municipal.

O planejamento da estrutura dos CAPS é diretamente relacionada ao contingente populacional dos municípios. Todos os municípios com mais de 20 mil habitantes têm condições de implantar um CAPS de acordo com a categoria condizente. No caso de Uberlândia, como se enquadra nas cidades superiores a 200 mil habitantes, há capacidade para abrigar CAPS de todas as categorias
(CAPS I, II, III, Álcool e Drogas, Infância e Adolescência), o que já é feito. A diferença entre as categorias resume-se à capacidade operacional que cada tipo comporta.


Fillipe Alves
19/02/13



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