O que eu quero de mim?
Gregório José
Ao longo dos anos, quase 50, tenho ouvido muitas pessoas dizendo que são infelizes, que nada dá certo, que tudo de ruim acontece com elas e que o mundo conspira contra tudo que tenta ou faz. Também ouvi queixas infundadas e muitos reclames contra familiares, amigos, chefes. Ah! Tem pessoas que reclamam de dores no corpo, na cabeça, enxaquecas, problemas sérios que a medicina convencional não descobre ou encontra respostas ou solução, nenhum medicamento dá jeito. Ai pensei que podem ser problemas da alma. Não existe outra explicação! Tem pessoas que se prendem a dogmas infundados e causas que buscam com a própria existência. Sim! Problemas buscamos dia a dia, ao nos sentirmos vítimas, nos sentirmos inferiorizados, derrotados. Uma âncora que nos prende aos problemas que causamos em nossas vidas e que nos transformam em pessoas que sentem a vontade de cometer ações infundadas, suicídios, abandonos. Por esses pensamentos deixamos nossos familiares, nossos entes queridos, nossos amores. Deixamos de sorrir, de viver, de sermos nós mesmos, felizes, amigos e solidários. Buscamos explicações que parecem mais simples para nós, o outro erra, não nós! Isso ameniza o nosso sofrimento e, assim, perante os familiares e confidentes destilamos todas nossas queixas e nos dizemos depressivos por “algo” que nos fizemos. Só esquecemos de dizer que negamos amor, sorriso, uma palavra de carinho. Que deixamos de ceder, de aquiescer, de abaixar, de vez em quando para reerguermos mais fortes e vitoriosos. Sejamos como o bambu que balança ao vento, se dobra na tempestade, mas, no dia seguinte começa a se reerguer. Já a árvore frondosa e enraizada, imponente aos olhos humanos, sucumbe ao menor soprar do vento. Sejamos o junco e não a aroeira.
Radialista e Jornalista
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