quarta-feira, 30 de abril de 2014

Conscientização a motoristas marca o Dia de Combate ao Ruído


Conscientização a motoristas marca o Dia de Combate ao Ruído

No Dia de Combate ao Ruído, a Secretaria de Meio Ambiente, em parceria com a Secretaria de Trânsito e Transportes (Settran), Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Serviço de Atenção à Saúde Auditiva do Setor de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), fez blitz educativa, com duração de duas horas, na Praça Tubal Vilela. A blitz reforçou a importância de cada um em conscientizar e multiplicar a ideia de que a prevenção da saúde auditiva é responsabilidade de todos. Durante a ação, foram entregues materiais do Programa Bom Ambiente com o Slogan “Barulho e cheiro ruim, não”, e também, “Saúde Auditiva - A sua está em dia?” e “Uberlândia precisa de você” com dicas de um trânsito mais humano e seguro.
Segundo o médico otorrinolaringologista Cleber de Freitas, do Serviço de Atenção à Saúde Auditiva da UFU, o momento é de alertar as pessoas sobre os problemas causados em decorrência da exposição excessiva a ruídos. “O uso de prótese auditiva aumentou de 1% para 4% na população de Uberlândia e região, na faixa etária entre 20 a 40 anos, nos últimos dois anos”, alerta o médico. O grande vilão da perda auditiva é a exposição do ouvido a ruídos, apesar de terem casos em que a perda é decorrente de problemas patológicos causados por infecções, como a de ouvido ou nariz. Neste caso, há como recuperar a audição com uso de medicação e cirurgia. Já nas situações de lesão provocada por ruído, a perda é irreversível, comenta Cleber de Freitas. “O único tratamento da perda de audição causada pelo ruído é a prótese. Não tem tratamento medicamentoso. Por isso é importante a prevenção, e é esse o nosso intuito também no dia de hoje”, conclui o médico que também faz parte do comitê Gestor do Programa Bom Ambiente.
De acordo com a fonoaudióloga Lucila de França Martins Oliveira, do Serviço de Atenção à Saúde Auditiva da UFU e membro do comitê Gestor do Programa Bom Ambiente, o jovem precisa conscientizar tanto como agressor como agredido. “Muitos jovens não têm consciência do efeito que o ruído traz para a audição dele. Essa exposição vai se acumulando com o decorrer dos anos, então no futuro ele pode ser um candidato a usuário de aparelho auditivo decorrente da perda de audição”, diz a fonoaudióloga. Lucila alerta ainda sobre o uso de fone de ouvido com volume alto e o som de carro, que são mais nocivos à saúde auditiva do que freqüentar casas de shows e boates, que é uma exposição esporádica. “O grande problema é expor o ouvido a volumes altos de maneira intensa e constante. No caso do carro com som potente, o usuário está sendo agredido e também acaba sendo agressor”, diz.
O início da perda pode ser notado, inicialmente, ao ouvir zumbidos, sentir tonturas, ter estresse, insônia e não ter consciência que isso é decorrente pelo excesso de ruído. “O programa Bom Ambiente vem principalmente abordar sobre o respeito que cada cidadão deve ter para com o outro e também para consigo mesmo”, completa Lucila Oliveira.
Para o secretário Helio Mendes, o Dia Internacional de Combate ao Ruído, que completa 18 anos desde a sua criação, nos Estados Unidos, é um momento da população mudar hábitos. “Hoje estamos pedindo, ao abordar os motoristas com nosso material educativo, que cada um faça um minuto de silêncio em suas casas”, diz Hélio. Segundo o secretário, existe uma proposta para o ano que vem seja feito um mapeamento do ruído em Uberlândia. A partir desse mapeamento será possível orientar o local onde determinada atividade será instalada, através da lei de uso e ocupação do solo. “Com o mapeamento, poderemos evitar a construção de atividades que de certa forma possam comprometer a qualidade de vida de toda uma região, tanto em relação ao mau cheiro, como mau ruído. O comitê gestor do Programa Bom Ambiente será um dos responsáveis para ajudar nesse mapeamento”, frisa o secretário.
Para a professora Débora Regina Duarte Casagrande, que foi abordada na blitz, a população tem que se conscientizar e tentar ajudar de alguma forma a diminuir a questão dos ruídos. “Cada um fazendo sua parte já ajuda”, diz.


Teresa Cristina
Meio Ambiente

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